Produzido de 1970 a 1975, o Citroën SM foi um coupé de alta performance que surgiu no seguimento do “Projecto S”, cujo foco era criar uma variante desportiva do Citroën DS. Nascido de uma aliança entre a Citroën e a Maserati, o SM era um automóvel imponente que aliava as melhores tecnologias da casa francesa a um motor Maserati. Um sonho sobre rodas capaz de fazer frente a qualquer modelo GT da época.

O curto reinado do Citroën SM

O design do Citroën SM, obra de Robert Opron, refletia o poder e exclusividade da máquina. A sua carroçaria em forma de gota, as linhas longas e esguias, o corte da cauda, o para-choques e os dois tubos de escape cromados conferiam-lhe um caráter invulgar e dramático. O interior era, de igual modo, surpreendente e luxuoso. Os bancos em pele assemelhavam-se a poltronas, o painel de instrumentos era curvo e elegante e os materiais mais proeminentes eram a pele, madeira, alumínio e o aço inoxidável. Elegante, sóbrio e luxuoso.

Se o visual do Citroën SM era um sonho, a tecnologia era demasiado boa para ser verdade. O seu motor V6 dotado de 178 cv de potência atingia os 100km/h em meros 8,9 segundos. O sistema de travagem, adaptado do revolucionário DS, era assegurado por quatro discos de alta pressão permitindo um nível de optimização de travagem superior a qualquer veículo que circulava nos anos 70. Possuía, também, o sistema DIRAVI, um mecanismo de assistência variável que endurecia a direção de acordo com a velocidade, permitindo maior poder de manobra em baixas velocidades e maior esforço requerido a altas velocidades. O modelo SM era a culminação do melhor da tecnologia Citroën.

O Citroën SM foi a perfeita combinação de conforto, performance e segurança. Um automóvel único, capaz de concentrar em si a essência de um carro desportivo e o caráter sóbrio de um carro senhorial. Apesar do reinado de “Sa Majesté" Citroën SM ter cessado em 1975, será sempre recordado como uma época de excelência da casa francesa e do mercado automóvel em geral. Era definitivamente "quelque chose"...