Abrimos as portas antagónicas do Citroën Activa

As portas estilo “suicide” do protótipo Citroën Activa abriram, pela primeira vez, em 1988 no Salão Automóvel em Paris. A cidade da luz foi, assim, ofuscada por este inovador e pouco usual automóvel que, para além de aspeto futurista, dispunha de inovações vanguardistas para a sua época.

O projeto de design deste automóvel teve como pai, o incrível Dan Abramson. A obra resultou num sofisticado e elegante sedan. No exterior, as suas longas e largas proporções, baixa altura e asa traseira acentuavam o carater desportivo. O automóvel era composto por longas e conectadas janelas com vidro escurecido, que permitiam ampla visibilidade e davam-lhe um ar de protagonista de filmes de ficção científica. Dentro da máquina, o conforto e design tinham assinatura Citroën. O interior em pele bege proporcionava excelente visibilidade ao condutor, que dispunha de um invulgar volante quadrado e um painel de comandos onde podia controlar todas as funcionalidades do automóvel.

Tecnologia vanguardista do Citroën Activa

As inovações tecnológicas eram o espelho do exterior vanguardista do Citroën Activa. Para além do holográfico head-up display e ecrã LCD que apresentava as informações do sistema de ajuda ao estacionamento e mapas, o protótipo dispunha de um radiofone. Sim, um telefone no carro! Em suma, um automóvel de sonho para qualquer amante de tecnologia.

As características mais relevantes deste protótipo Citroën foram, sem dúvida, o sistema de suspensão, o sistema de direção e o sistema de travagem que eram controlados, eletronicamente, pela unidade hidráulica. O amortecedor variável e elevação automática do veículo permitiam uma condução confortável em qualquer piso ou circunstância. Estes sistemas, em conjunto com o motor V6, transformavam o Citroën Activa num ás do asfalto.

 

A performance do Citroën Activa

 

A Citroën foi, onde mais ninguém foi, no que diz respeito à suspensão automóvel. Algumas das impressionantes tecnologias usadas na construção deste protótipo foram, posteriormente, adaptadas para o Citroën SM e Citroën Xantia. O Citroën Activa abriu, assim, as portas antagónicas da tecnologia da marca francesa e projetou alguns dos avanços dos futuros automóveis da mesma. Segundo Dan Abramson, este foi “o verdadeiro concept produzido pela Citroën”.

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